O que está vivo aqui?
Nos últimos dias tenho refletido bastante sobre colaboração e coletivismo.
União. Diminuir a separação. Diminuir a distância entre você e tudo.
Deixe eu tentar explicar...
Desde cedo aprendemos a separar.
Separam os adultos das crianças. Adultos vão trabalhar, crianças vão para a escola. Na escola, separam as crianças por idade. Crianças de 7 anos não ficam no mesmo espaço de crianças de 6. Dentro da mesma turma, separam as matérias. Uma pessoa dá aula de história. Outra de geografia. Cada professor faz o seu. Cada criança precisa aprender o seu e provar sozinho que realmente aprendeu. Provas são individuais.
Essa mesma estrutura de separação permanece por anos e dita o curso das nossas vidas. Seguimos caminhos isolados, vivemos cada um na sua bolha, dentro do seu próprio quadradinho, chamado casa ou apartamento.
Olhamos o mundo pela perspectiva da separação. Nossas mentes foram fragmentadas desde criança. A mente foi separada do corpo. O espírito deixado de fora. O ser humano foi separado da natureza. A morte foi separada da vida. Deus foi separado de tudo. Poderia fazer uma lista enorme de tudo que foi fragmentado e separado…
E essa fragmentação se perpetua durante toda a vida de um ser humano comum. Vive se protegendo de um mundo ameaçador e hostil.
Quanto mais separação, mais medo. E quanto mais fragmentados, mais fracos ficamos e mais difícil fica a vida.
Precisamos fazer o movimento inverso agora. Reunir o que foi separado. Juntar o que foi fragmentado.
Ao fazer este movimento, nossas mentes vão se reprogramando. Passamos a enxergar o mundo como uma unidade. Reduzimos as distâncias, nos aproximamos, nos identificamos, compreendemos que somos um só organismo.
O pensamento egoísta e individualista vai aos poucos coexistindo com uma nova forma de pensar, mais coletiva e colaborativa.
Nosso mundo hoje colhe os resultados do individualismo. Não será o esforço individual de uma pessoa incrível que vai resolver. Os estragos do individualismo somente se resolvem com o coletivismo.
Um grupo resolve o problema causado pelo indivíduo.
Acredito na necessidade de desenvolvermos as virtudes relacionadas à nossa capacidade de cooperar e colaborar.
Nos últimos dias, praticamente só tenho pensado nisso...
Desejo que vivam uma semana maravilhosa,
Gu.
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No próximo dia 09 de abril, iniciamos mais uma temporada do Círculo de Virtudes. O Círculo é uma experiência desenhada para mostrar ao mundo o poder do coletivo. Aprendemos juntos numa roda de conversas e fazemos música e cantamos juntos.
Se você está em São Paulo e se interessa pelo tema que escrevi hoje, recomendo fortemente que considere estar com a gente.