Alguns aprendizados sobre aprender
Sobre coisas que ninguém me ensinou mas aprendi mesmo assim
Nem tudo é bom para todo mundo. Nem tudo que funciona para um, funciona para o outro. Isso é algo que eu demorei a descobrir. Por muito tempo eu seguia os conselhos das pessoas que eu admirava e tentava aplicar as mesmas coisas que elas.
Eu acho sempre bom se inspirar em quem já conseguiu realizar o que você pretende fazer. E acho que é sempre legal compreender como elas fizeram e como elas fazem. Mas apenas como referência, não como passo a passo, ou manual.
Outra coisa que aprendi é quem nem todo mundo que é bom em algo, é bom para ensinar. E tem gente que ensina melhor que o executor. Percebi isso na música por exemplo. Já tive aulas de música com profissionais talentosíssimos que cantavam e tocavam muito. Mas estes não foram meus melhores professores. Os melhores professores eram os que gostavam de ensinar. Tem gente que gosta mais de cantar do que de ensinar canto, por exemplo.
Quando quero aprender alguma coisa, a primeira coisa é observar a vontade. Às vezes vem como um impulso. Eu já gastei muito dinheiro comprando cursos que não fiz. E já comecei coisas que não continuei.
Então, até para me preservar da frustração e para não gastar dinheiro à toa, eu deixo aquela vontade crescer aqui dentro. Eu observo se ela se sustenta, ou se é uma vontade passageira.
Tem sonhos que são visões do futuro e ainda não é o momento. Aprendi a esperar o tempo certo.
Quando é um desejo genuíno e está no timing certo, ele não vai embora. Ele permanece. Eu cultivo aquela vontade aqui dentro. Dedico um pouco de tempo a sonhar com os olhos abertos e imaginar o que quero aprender.
Aí então começo uma busca. Procuro profissionais, sigo no Instagram, vejo videos dessas pessoas, e deixo a vontade crescer aqui dentro. Chega uma hora em que eu tenho mais clareza de que quero dar este passo. Aí começo a me organizar aqui para poder abrir espaço para ter este aprendizado na minha vida. Me organizo com tempo, financeiramente e me preparo para poder aprender mais.
E aí entra o que para mim tem sido o maior desafio e também a maior conquista: O RITMO.
Eu, na minha sede de aprender, de mudar de vida, de fazer diferente, colocava toda minha energia no começo deste processo de aprendizagem e em algumas semanas eu já não estava mais fazendo. É como se tivesse queimado todo combustível nas primeiras semanas.
Hoje tento encontrar o ritmo. Qual é a frequência que eu consigo sustentar no longo prazo? Quanto tempo eu consigo dedicar por semana para poder fazer por vários meses? Qual é o melhor horário para poder me comprometer com isso?
Faço alguns experimentos e vou encontrando a melhor forma de sustentar. Quando não consigo, eu reavalio. Às vezes me frustro um pouco, mas tenho aprendido a seguir em frente sem me lamentar demais. Mas aí quando consigo encontrar o ritmo, sinto que brilha uma parte aqui dentro e parece que viram algumas chaves muito poderosas. Como se aquela atividade se encaixasse em mim e ela passa a fazer parte de mim. É muito gostoso ter essa sensação. Tenho tentado fazer isso com várias atividades na minha vida: meditação, alimentação, cuidado com a Terra, escrita, leitura, exercícios.
Aos poucos, vou percebendo o que preciso melhorar, quais são os meus desafios e mecanismos de auto sabotagem e tenho a oportunidade de trabalhá-los mais uma vez.
Como é o seu processo de aprendizagem? Como você se organiza para mudar hábitos e aprender coisas novas?
Gustavo Tanaka
PS 1. Para quem deseja se aprofundar no autoconhecimento e aprender meditação, estou abrindo meu primeiro curso de meditação, aplicando essa filosofia que compartilhei aqui. Estou muito animado para poder compartilhar com quem quiser aprender comigo. O curso inicia no dia 21 de outubro.
PS 2. Essa semana compartilhei no instagram um movimento que estou começando a me envolver. Resgatar o amor na bandeira do Brasil. Dá uma olhada neste manifesto.